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Quem sou eu:

Seguir o raciocínio de Sócrates: "Não sei o que sou" (só sei que nada sei).
Poderia até argumentar que há tantas coisas que desconheço que a sentença fica totalmente verdadeira: não tenho ciência suficiente pra me localizar no universo.

Posso seguir o raciocínio de Descartes: "Eu Penso! sou um ser pensante"
Nada mais posso afirmar, mas tenho a certeza que pensei a respeito e se eu penso tem que ter alguém que pensou!!! Eu existo, ora essa!

Poderia seguir um pensamento mecânico: "Eu sou uma partícula no universo"
Já que é verdade que tenho massa e ocupo um volume desprezível diante do todo que é o cosmo!

Ou, em uma sentença semelhante: "sou um corpo"
...Uma porção de matéria, onde não posso desprezar meu volume e não posso passar por debaixo da porta.

Num contexto mais social, humano, íntimo, posso dizer: "sou uma função"
Uma função que depende do meio social, psicológico, da cultura, dos meus amigos, parentes, pais, etc...

Estatisticamente: "Sou uma probabilidade"
Afinal de contas, depois de dizer que não sei e depois digo que sou, recupero a credibilidade dizendo que existe probabilidade de tudo isto ou ser verdade ou não.

E em um sentido quântico: "sou uma onda"
Quer dizer, para os mais rígidos com as definições, digo que sou uma partícula quando vocês olham pra mim; quando vocês viram os olhos pra lá eu sou uma onda!
Será a timidez???

Corolariamente: "Sou a média do observável"
Ai ai ai, melhor não explicar isto: chegou a hora que a gente começa a viajar na maionese...
Deu pra entender, né?

O mais importante você já entendeu: eu não sabia nem o que dizer.