08 julho 2009

Sobre o Pai.

Meu blog que há tanto esqueci!
Não tendes raiva de mim, que sou insolente!
huahuah que exagero.
***
Minha psicóloga achava que meus problemas sociais estavam ligados à falta da presença de meu pai. De vez em vez ela perguntava o quanto eu sentia falta dele. A verdade é que deixamos meu pai quando eu tinha quatro anos e nunca saberia dizer àquela mulher se eu sentia falta de algo que sequer lembro. Eu tinha uns 16 anos na época da entrevista.
Hoje eu me pego raciocinando sobre estas coisas, sabe? Minha mãe tinha 18 anos ao me ter, casada já com meu pai. Se nos separamos dele e eu tinha quatro anos, então minha mãe tinha 22 anos, estava tomando o papel de mãe solteira e ainda nem tinha terminado o segundo grau! Arranjar emprego em Paulista e terminar os estudos com uma criança extremamente energética e teimosa como dizem que eu era é uma tarefa digna de aventuras fictícias. Hoje eu tenho 23 anos... Admiro-te óh, Senhora de meu destino!
Cresci entre mulheres, com ensinamentos de minhas completamente diferentes tias e minha mãe. Uma era demasiado amorosa, outra quase feminista, outra nem sei! huahua. Aprendi que em uma mulher não se bate nem com uma flor e que geralmente homens é que estão errados. Estas coisas que muitas mulheres adoram reclamar de.
Hoje eu reflito me sentindo um pouco mais independente pra falar: Cara! Como o mundo está louco! Realmente os homens dão muito trabalho às mulheres e, como talvez um processo adaptativo que a sociedade conduz, muitas mulheres hoje sentem atração por homens problemáticos.
Minha prima mais nova (tenho duas primas por parte de mãe e me refiro a elas) engravidou e teve uma menina que hoje está com três meses, um amor a criança, mas agora é uma mãe solteira, como um dia foi minha mãe (ah! tenho um padrasto a quase uma década). O rapaz que a engravidou é um rapaz inteligente, com boa formação (supõe-se, formado em Biologia numa das federais de Pernambuco) e, ao que me parece, não está muito próximo nesta fase da vida da criança. Eu estou esperando que ele fique mais próximo naquelas fases em que criar uma criança é bem mais fácil e ele só terá de levar a filhota à praça e comprar sorvete.
O mais interessante é que cuidados com preservativos são muito bem tratados em nossa família e todos temos ciência sobre o que significa uma gravidez. Tudo bem: acontece; não posso falar muita coisa, estaria julgando.
Posso julgar, isso sim, as estatísticas. O que acontece com a minha prima vem acontecendo muito comumente e ouço histórias aos montes. Parece que, hoje em dia, quando se ouve uma história as pessoas reagem como se aquilo não pudesse acontecer com elas, ao invés de refletir e usar como lição para não cair no mesmo erro.
A verdade é que nunca podemos dizer nunca. Eu oro agora às forças absolutas que eu não caia num caso de ter que deixar meu filho se criar sem pai ou engravide uma mulher como se deliberadamente, porque daí fica difícil sair um final feliz (não é impossível).
Hoje tenho muitos problemas, perfeito estou longe de ser. Se foi a falta de um exemplo masculino, conselhos e a disciplina de um pai, eu não sei. Com certeza seria muito interessante ter alguém mais para compartilhar minhas sensações e opinar em minhas decisões, apoiar e dar lições de moral para me enobrecer.
O que sobrou pra mim e imagino que será o sofrimento de muitas dessas crianças sem o pai, é que tenham que descobrir coisas sozinhas, e isto pode ser muito muito lamentável em algumas vezes, e até desnecessário aprender na tora.
Ao fim, pergunto ao leitor o papel de seu pai em sua vida. O que seria diferente? Você seria outra pessoa (afinal de contas o pai faz parte da educação)?
Obs.: Eu sei que tem pai que seria melhor não ter! rsrs mas isto é tema pra outra postagem.

2 comentários:

Dani disse...

Posso dizer que este foi o texto mais perfeito que eu digo de se ler de uma situação real.Bom como vocÊ mencionou que para quem ler a falta de um pai faz és aqui minha opinião, não passei por esta situação nem convivi graças a deus com uma situação assim digo sempre e agradeço a deus por isso que tive muuuuuita sorte.Sempre tive um pai presente e não sei como seria meu comportamento se não tivesse tido ele tão presente assim desde limpar caquinha até hoje não vou dizer que entre pais existe relação perfeita,porque pelo menos o meu é exageradamente excesso em preocupação isso às vezes prejudica também,certas atitudes vocÊ se torna uma pessoa imatura,mas por outro lado você aprende muito também.
Mas digo a você que pelo pouco que te conheço como pessoa,você é pra se admirar por ter passado por tudo isso é ser a pessoa que é,isso mostra que vocÊ não dependeu dele,mas ele não deixa de ser seu pai algum motivo a vida fez com que se acontecesse isso.
Portanto, a presença de um pai é importante,mas eu acho que muito mais vocÊ teve a ganhar por aquele que te criou independente de ter sido biológico e de sangue.

Unknown disse...

É isso aí.E viva nós!!!!!