24 outubro 2009

Seu Vizinho É Um Livro De Auto-Ajuda?

Você abre o orkut e eis a primeira coisa que vê: as famosas sortes do dia... Quantas vezes elas bateram com a sua realidade? Quer dizer, você imagina que aquilo está ali com algum propósito, que vai te ajudar a pensar na tua realidade e em algo que você está esquecendo, sei lá. Entretanto, o propósito é lançar mensagens escolhidas ao aleatório para você pensar a respeito - mais um entretenimento. Não leve a sério.

Os livros de auto-ajuda, também repletos de imperativos, estão tomando conta das livrarias pelo mundo a fora. Os livros, pelo menos, trazem alguns argumentos a fim de basear seus conselhos, são menos aleatórios, por assim dizer.

O meu sentimento quanto a eles é que, na maioria das vezes, são como aquelas vizinhas que ficam de sentinela nas ruas para julgar quem passa: "Olha! Aquela menina está com o décimo namorado este mês", "Menina, o filho da Gilvana foi assaltado, levaram a moto do coitado" ou ainda "A mulher do síndico tá com um amante". Digo isto porque, também na maioria dos casos, estas conversas terminam com morais da mesma classe de universalidade dos livros de auto-ajuda: "Uma mulher de família arranja seu namorado e saber se controlar", "Ficar de alerta nunca é demais, nesta segurança que temos hoje..." ou ainda "Não seria melhor deixar o coitado do síndico logo? O casamento acaba quando não existe mais aquela cumplicidade".

Um livro de auto-ajuda não é necessariamente assim. O interessante é que quem decide isto não é bem o autor, e sim os leitores. Dica de vizinha ou de livros de auto-ajuda são apenas frases bonitas quando você não se envolve com o contexto delas. Acho que está ai a coisa.
Entretenimento e/ou aprendizado?
Depende de você.

O chato é que a moral da postagem está em todo livro de auto-ajuda que preste... =(

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